quarta-feira, 29 de setembro de 2010
A Formação Docente para a Educação Inclusiva
A escola não é reprodutora do sistema social estabelecido. Obviamente a educação escolar tem a missão de socializar as futuras gerações para que se insiram na sociedade, mas numa perspectiva de transformar a sociedade. Compreender o que é a integração e o que é a inclusão parece estabelecer uma relação fundamental com o desenvolvimento da prática docente na escola regular.
A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) também ressalta como deve ser a formação de professores para uma escola inclusiva:
Os programas de formação inicial deverão incutir em todos os professores da educação básica uma orientação positiva sobre a deficiência que permita entender o que pode conseguir nas escolas com serviços locais de apoio. Os conhecimentos e as aptidões requeridos são basicamente os mesmo de uma boa pedagogia, isto é, a capacidade de avaliar as necessidades especiais, de adaptar ao conteúdo do programa de estudos, de recorrer à ajuda da tecnologia, de individualizar os procedimentos pedagógicos para atender a um maior número de aptidões. Atenção especial deverá ser dispensada à preparação de todos os professores para que exerçam sua autonomia e apliquem suas competências na adaptação dos programas de estudos e da pedagogia, a fim de atender as necessidades dos alunos e para colaborar com os especialistas e com os pais (UNESCO, 1994, p.32)
No geral, todo professor e professora conhecem muitas estratégias para dar resposta a essas diferentes necessidades que se encontra em sala de aula. No entanto, existem algumas necessidades individuais que não podem ser resolvidas pelos meios que os professores conhecem para dar resposta a essas diferenças. Existem necessidades educacionais individuais que requerem uma série de recursos e apoios de caráter mais especializado. Algumas vezes é necessário introduzir conteúdos que não são necessários para os outros colegas, mas são necessários para ele individualmente (UNESCO, 1994).
Fica claro que, a escola como um todo precisa efetivamente ser capacitada para efetivar sua prática educativa, revendo seus valores e buscando novas formas de fazer a educação com todos e para todos, indiscriminadamente (BRASIL, 2001).
Cursos, oficinas e outros eventos de capacitação e aperfeiçoamento do professor proporcionam a construção de conhecimentos, mas não são suficientes para atender a demanda do cotidiano da escola.
A escola deve incentivar e ressaltar, também na etapa educativa que corresponde à adolescência, a importância de respeitar as diferenças individuais e a riqueza que estas proporcionam às relações interpessoais (COLL et all., 2004).
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